sexta-feira, 28 de março de 2008


O senhor José Lourenço, pai da Dra. Maria da Conceição Saraiva, foi talvez um dos primeiros encartados da Freineda. Foi condutor do General Norton de Matos. Eis uma cópia da sua Carta de Condução Militar.

terça-feira, 25 de março de 2008

segunda-feira, 24 de março de 2008

Talento escondido!




Ontem, Domingo de Páscoa, ao visitar a casa do Gonçalo, um dos mordomos que "deu o bolo", deparei com algo surpreendente e belo: quadros retratando paisagem e monumentos da Freineda. Ainda não conhecia os dotes da nossa conterrânea, Maria Sacadura, avó do mordomo. Sem dúvida, temos pintora!

Domingo de Páscoa

O começo da Procissão...
O pálio...
À saída da missa...
Ainda à saída...
Aproveitando a "abrigada"...
Com atenção à arrematação!



No final da procissão os bolos saem da igreja para as mãos do arrematador.


O Carlos vai gerindo as ofertas dos rapazes e das raparigas!
O bolo das raparigas.
O bolo dos rapazes

No domingo de Páscoa, além da celebrações religiosas habituais, eucaristia e procissão do Santíssimo, os mordomos de N. Senhora de Fátima oferecem o bolo que, depois da procissão, são arrematados, um pelos rapazes e outro pelas raparigas. Durante a tarde cada grupo vai até à casa do respectivo mordomo para pagar o seu quinhão e comer um doce e beber um copo. Actualmente, oa casados e casadas também acabam por ir visitar os mordomos e fazer o mesmo que os solteiros!

Tradição na Freineda

Como manda a tradição, os rapazes encarregaram-se de enfeitar a praça durante a noite de Sábado de Aleluia. Para isso, duas semanas antes, começaram por roubar os vasos às donas de casa e esconderam-nos numa corte abandonada. Foram regando as flores e, no dia combinado, transportaram-nos para a praça. Alguns dias antes do Domingo de Páscoa os rapazes trataram de colher os nabos que conseguiam e juntaram-nos para também utilizar na decoração da praça. Antigamente eram roubados mas, agora, há sempre um agricultor que os oferece!
A noite de Sábado de Aleluia é uma autêntica azáfama: uns colocam os vasos previamente roubados, outros distribuem os nabos pela praça e, a partir da meia noite, os mais afoitos iniciam o tocar do sino que se prolonga pela noite fora até não conseguir mais tocar sem parar!
Às vezes alguns vizinhos aborrecem-se com o tocar do sino que não pára durante toda a noite!


sábado, 22 de março de 2008

Procissão do Srº dos Passos

Para os amigos assíduos deste blog lamento a decepção mas hoje não posso publicar fotografias pois a máquina pregou a partida: resolveu não tirar fotografias.
Por outro lado tenho uma novidade a comunicar-vos: a procissão não vai acabar pois os mordomos decidiram pagar jantar aos ajudantes: oito para o andor, seis para as lenternas e cruz e seis para os forcados de apoio ao andor= 20 pessoas. Realmente foi um bom jantar. Entradas de focinheira assada, depois perdizes e pombos guizados (dos caseiros ou caçados na "folha" da localidade) e por fim um coelho bravo com batatas cozidas com a casca, sem dúvida um incentivo para que a procissão continue por estes anos fora!
Nota: a procissão realizou-se ontem e decorreu como sempre com ordem e toda a dignidade característica dos habitantes da Freineda.

quinta-feira, 13 de março de 2008

"Freineda dos Anos 50" (2ª parte)

As noites do contrabando
Na minha lembrança também estão
Recordo o meu pai e os seus amigos
Naquelas noites de cão,
Frias e negras de escuridão
De chuva, ventos fortes e também de trovão

Carregados com a carga de alhos, de café
DE amêndoas e de passas de uvas
Que algumas se pegavam à sua mão
Para nos dar a saborear
Quando depois da sua viagem um beijo nos dava
E a roupa da cama nos aconchegava

Mas no dia seguinte, ele no campo trabalhava
Como o que mais e a jeira ia ganhar
Pois tudo era pouco
Para a família numerosa sustentar

Nas minas de Vilar Formoso trabalhou
E muita pedra nas galerias picou
E uma doença grave lá apanhou
Ele e muitos mais que de bem novos partiram
Para o encontro do Pai Celestial

A minha angústia como criança era grande
Pensando que ele também nos iria deixar
Mas Deus não quis que assim fosse
E muitos anos ele ainda nos pôde mimar

Mas, Freineda terra querida
Dos que de ti sempre são
Com tantas saudades
Que até dói o coração
Abençoa-nos Santa Eufêmia
E socorre-nos na aflição

Albertina Simões Rico

segunda-feira, 10 de março de 2008

Poesia dedicada à Freineda

Como referi no post anterior, a Freineda está sempre no pensamento dos seus naturais. Alguns, como a nossa amiga, autora deste poema, utiliza esta forma de escrita para transmitir o seu carinho e saudade que sente pela sua terra.

FREINEDA DOS ANOS 50
Aonde eu nasci e cresci quero recordar
Com os meninos a brincar
Aos guardas e contrabandistas, ao arco peão e ao cão
E no barroco a escorregar até as calças rasgar
Os mais jovens também recordam
Nos bailaricos, o jogo do cântaro
Às voltas pelo povo até ele quebrar
As pândegas que eles faziam para confraternizar
Indo cada um a sua casa
Alguns alimentos buscar
Para depois todos juntos saborearem
Os cantares também recordo
E nos ensaios participar
Para as obras do Patornato poder realizar
E do Sr. Chico Rebelo no seu acordeão tocar
Os mais velhos na labuta do pão ganhar
Uns andavam na estação do caminho de ferro a trabalhar
Na palha, nas amêndoas a descascar,
Nas carapuças de palha para as garrafas de champanhe
Para depois os vagons carregar
De batata de borrego de vinho e marmelos
Para as cidades alimentar
Os carros carregados, pelas vacas puxados
Dos agricultores que não paravam
Até no Domingo, eles sempre trabalhavam
A fábrica da farinha a funcionar
A padaria da estação a cozer
O bom centeio para depois vender
E também dos dois fornos a cozer
Albertina Simões Rico
(continua)

Festa dos Buchos e Outros Sabores-3ª Edição


Hoje foi dia de festa na Freineda.
Tal como nas restantes edições, a festa esteve animadíssima!

Logo pela manhã, os expositores começaram por montar as suas bancas: a dos Licores, a Aricada, a Queremesse, a dos Doces tradicionais, o talhante, entre outros.

Cerca das 10 horas chegou A Pifarada do Álvaro, de Unhais da Serra. Pelas 10h 30m teve início a Eucaristia na Capela de Stª Eufêmea, finda a qual começou a actuação dos pífaros. Foi uma animação completa até às 17 horas.


As pessoas foram chegando, cada vez em maior número, e cerca das 12h 30m teve início o almoço que constou de entradas de morcela, farinheira e chouriça da região, depois veio o bucho com grelos e batata cozida, o belo do tinto, e de sobremesas, requeijão com doce de abóbora, arroz doce, aletria e queijo curado. No final bebeu-se o café e o licor! Durante a tarde continuou a actuação dos Pífaros do Álvaro, chegaram os elementos do RI 13 de Almeida e, por fim, assistimos à actuação do Grupo de Cantares de Maçainhas.

Na próxima publicação apresentar-vos-ei uma poesia de uma Freinedense que tem todos os dias a sua terra no coração!






domingo, 2 de março de 2008

A égua fugiu!

O amansador de éguas!
As nossas marcas!
A marca dela!

Uns estudam a maneira de arranjar a portaleira...
Outro feito pastor encostado ao cajado!
Está resolvido, é assim e mais nada!

A égua do Rui fugiu do lameiro onde andava! Então, terminada a poda do Edgar, toca a iniciar a perseguição à dita cuja. Deu luta mas , após algumas hora de perseguição, lá a conseguimos levar ao local de onde nunca deveria ter sído! Para que não voltasse a acontecer, reforçou-se a cancela!

Entreajuda!

Ontem fui eu, hoje foi o primo Edgar a podar. E, como a tradição já não é o que era, cá a malta faz tudo: poda, ata e carrega as vides! Pudera! Uma dúzia de "magarefes" depressa fazem todo o serviço e ainda lhes sobra tempo!

Dia de Poda




Ontem foi dia de poda nas vinhas da ARICADA. Sim eu sei! As vinhas estão cheias de erva! No entanto é por isso que o vinho nelas colhido é biológico. Por outras razões também!

Lá nos juntámos 8 amigos e, cerca das 13h 3om o serviço estava feito. Finalizámos o serviço com um belo almoço, bem merecido por sinal.

Alminha do calvário

Na Freineda este património de cariz religioso existe no Caminho do Calvário, junto ao mesmo, no lugar do mesmo nome. Portugal é o único p...