"Depois do aziago passo na feira de São Pedro, no Sabugal, em que me quedei desprovido de montada por a ter perdido no vício do jogo, tive de refazer a vida e botar-me adiante, pois tinha uma família a meu cargo.
Já lhes fiz entender que não estava afeito à pacatez da vida de lavrador, agarrado à canga das vacas e à rabiça do arado. Para tal faina lá tinha a mulher e os catraios, que já eram entendidos na lida. Ademais, sem o negócio de contrabandista e azemel, a que me dedicara durante anos, dificilmente amanharia ganho para a merca do azeite para o caldo e da potassa para as barrelas da roupa.O grunhame de reserva não era muito, mas a precisão fez-me juntar os conques que tinha no fundo da arca para ir à cata de novo macho. Tinha uma burranca velha, a Finota, que era o mimo da casa e o meio de transporte da canalha, mas que era de todo incapaz para as andanças do negócio.Esperei pela feira da Freineda, que se fazia no dia de Santa Eufémia, a 16 de Setembro, e botei-me ao caminho ao romper da madrugada, carregando ao lombo um fardo de popelina que de caminho deixaria a um freguês. "... (Ler artigo completo aqui)