Como não costumo gastar toda a jeropiga que faço, após a nova vindima, é necessário limpar o pipo guardando a sobrante em garrafões.
Enxagua-se o pipo e coloca-se novamente no lugar onde vai ficar mais um ano.
Em seguida passa-se à fabricação propriamente dita.
No lagar, no dia a seguir à vindima, ainda o mosto não começou a ferver ou está quase, arreda-se o bagaço para o lado por forma a criar um pequeno lago onde se coloca um cesto de vime ou um coador para melhor tirar algum mosto, quase sem "bagulhos", que vai deitar-se no pipo.
A meio do enchimento adiciona-se o bagaço, da melhor qualidade. Por fim continua a deitar-se mosto até encher o pipo.
Para que a jeropiga fique boa há que respeitar o "traço". Eu gosto de fabricar a dita cuja a dois por um (dois litros de mosto por um de aguardente). Outros há que preferem fazer 3/1 para ficar um pouco mais fraquinha. Depende dos gostos e a quem se destina.
Passado algum tempo (um mês) já temos jeropiga nova para acompanhar as castanhas!