sábado, 20 de março de 2010

Festa dos Buchos inspira poetas

Os participantes do "Raid dos Buchos e Outrods Sabores" sentiram-se inspirados com a ideia de um reconfortante almoço na festa do mesmo nome. Eis o resultado dos seus devaneios literários:

Há quem queira neste mundo
Engordar de uma só vez
Coma bucho de Freineda
E veja o que ele fez.

Com o Escape Livre há sem dúvida
Diversão sempre segura
Seja na serra ou na lama
É adrenalina pura.
N.º 7 – Carlos Granja Bento

Somos um grupo de amigos
Que viaja por prazer
370 quilómetros percorridos
Para Freineda conhecer.

Para o Raid do Bucho e Outros Sabores
A Freineda vim atacar
A Amelinha deu-me os calores
Pela ginjinha provar.
N.º 18 – João Paulo Fernandes

Vim do Porto procurar
Bom bucho para degustar
Com o Escape Livre passeei
E em Freineda encontrei.

Fomos um bucho degustar
Mas perdemo-nos ao regressar
Faltou-nos o Escape Livre
Para nos orientar.
N.º 1 – Paula Serrão

De Abrantes a Almeida
Viemos nós passear
Fazer o Raid do Bucho
Com o Escape Livre a “bombar”.

Pouco tempo de passeio
Mas muito de história a contar
Partimos de Freineda
Com vontade de voltar.
N.º 2 – Paulo José Marques

De Coimbra partimos
Para no Raid do Bucho participar
Valeu a pena o passeio
Para as baterias recarregar

Amanhã deixaremos Freineda
Com a promessa de voltar
Com organização de Escape Livre
E em N.ª Sra. das Neves repousar
N.º 12 – Fernando Simões Narciso

Para bucho comer
Muitos quilómetros tivemos de fazer
Freineda vamos visitar e
Andar de jipe até fartar.

Freineda vamos visitar
Bucho vamos degustar
E a seguir vamos todos
Para a cama descansar.
N.º 21 – João Agostinho

Panda com Escape Livre
Ginjinha com feijoada
Bucho com Freineda
Ah! Que grande misturada!
N.º 4 – Diogo Cordovil

Da Estrela à Peneda
Escape Livre é referência
De Almeida à Freineda
Em TT e convivência
N.º 11 – João Oliveira

Nada como Escape Livre,
Uma sandocha de bucho
Respirar ar puro
Um passeio de luxo.

A Freineda tem sabor
Escape Livre tradição
Troquei o bucho por amor
Que trago no coração.
N.º 5 – Cristina Esteves

De Lisboa a Almeida
Viemos de papo cheio
Com o Escape Livre até Freineda
Vamos de “bucho” cheio.
N.º 17 – Jorge Antunes

Um comentário:

Lurdes Silva disse...

Quem roubou a minha infância, que nem relatos ou fotos deixou, para me dizer um dia que fui gente... criança na mão de alguém...

vida entre muitas vidas e que se volteou no tempo apenas para ter a liberdade de crescer e de se encontrar consigo mesma...

quem roubou à minha infância registos que jamais alguém encontrará...

se eu hoje perguntar onde estive... ninguém dirá de mim...

visitei o convento onde passei a minha infância...

para além das ruínas em que encontrei o convento, descobri com enorme tristeza que alguém resolveu em tempos fazer obras num convento belíssimo e lhe atribuiu formas que também elas já em ruínas, dizem do pouco carinho e do descuido que tiveram... da irresponsabilidade que aconteceu ...

quem ordenou tal desastre ?...

os arquivos das antigas alunas desapareceram...

queimar arquivos com séculos de história não devia ser permitido...

entrei no convento e procurei ... nada ... apenas ruínas e pó e uma desolação de cortar a alma...

num Portugal adormecido, com infinita tristeza descobri que ninguém me registou...

afinal para toda essa gente eu não era ninguém...

não bastaram os maus tratos, a fome daquele tempo, as sevícias e tudo o que de hediondo feriu a minha alma... para descobrir tristemente que afinal tudo acontecia, porque ser abandonada neste país é afinal sinónimo de não ser ninguém...

hoje com profunda tristeza e incredulidade eu pergunto:

-onde colocaram os registos do armazém onde me colocaram ?...

quem desumanamente roubou à minha infância os arquivos do Convento de Vairão ... da Escola Maternal e Profissional de Vairão , como era usual chamar naquele tempo ?...

saí dali e prossegui...

tentei por último a minha mãe...

e ainda com uma leve esperança perguntei: - tem fotos minhas de quando era criança... secamente ouvi.. não...

tudo fica apenas na minha memória...

se alguém puder aplacar a dor que eu sinto de não ser de ninguém e conhecer alguém que tenha fotos desse tempo que contacte comigo...

talvez agora compreenda porque tenho aptidão por proteger os filhos da rua...

afinal sou como eles ... filha de ninguém...

sou irmã do vento ... filha da lua...

Alminha do calvário

Na Freineda este património de cariz religioso existe no Caminho do Calvário, junto ao mesmo, no lugar do mesmo nome. Portugal é o único p...