sábado, 18 de setembro de 2010

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Mais um poema da nossa conterrânea

SOLIDÃO

Olá. Outra vez de volta à minha beira!

Já não era esta a vez primeira,

Espero que seja este o último abandono.

E eu que nem sequer quero ser o teu dono.

Mas sempre aqui estás a ocupar a vagante.

Sempre estás a encontrar-me errante,

Neste mundo que criaste para me perder,

Quem sabe, amanhã morrer.

Cá estás a dar-me o que não desejo,

Não sei porque te deixo

Fazeres de mim o que vai na real gana,

Verdade ou mentira, sempre me engana.

Vá. Deixa-me viver o que sonho,

Que é tão pouco o que tenho.

E também com a miséria que peço,

Voltas logo e cá fico eu, no fundo do poço.

Maldita amiga da dor, do desgosto e da vida.

Porque é que não ficas num dia perdida,

Tal como fico sempre que me acompanhas,

Alimentando-te das minhas entranhas.

Vai. Adeus. Não terás mais para onde ir?

Com tanto sítio! Não me faças rir.

Vai. Deixa viver sozinho este coração...

Já viste logo com o que tu rimas,

SOLIDÃO...

Lurdes Silva

Alminha do calvário

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